quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Diálogo VI - Amor Impossível [ela chega, e ele sai]...

_Sabe que queria ter corajem...? É. para finalmente fazer coisas que nunca fiz...
Pois eu tenho corajem, toda que preciso!
Olha que ironia, você tem de sobra e eu tenho de falta!

Você tão linda, sempre tão charmosa, praticamente uma radiação de luz diaria...
É, sei que sou tudo isso, mas é que também, me falta oportunidade para declarar tudo que sinto por ele...
Ele? Quem é?...
Ahhh.. você que sempre vem conversar comigo, sempre tão triste, que nunca tem atenção para mim, fico eu sozinha, sempre a te ouvir...
Falando assim me sinto culpado... Nunca pensei que te afetava, que te reprimia.
Mas não afeta, é que sou tímida, também, nunca falei disso com ninguém, tenho todas as noites que dar atenção para muitas pessoas, em muitos lugares, as vezes esqueço até de mim...
Pois não! Tem que começar a olhar para você, a se dar um pouco de ''beleza'', sei que é tão mais que isso, que significa, mas comece a pensar um pouco mais em você...
É! Sempre tento, mas é que logo vem ele nos pensamentos, ai tudo fica tão triste. Sei que é um amor impossível... Por isso prefiro sempre dar atenção as pessoas, nos muitos lugares, que é para não pensar muito nele...
Mas por que você logo diz que é impossível?
...
...
...
Eiii não fique triste, não chore!
É impossível sim, eu sei, não fomos feitos para termos amor. Mas sabe que as vezes sinto, la no fundo que até poderíamos? Ele sempre tão presente, tão belo, tão intenso, radiante e sozinho também...
Mas sempre que eu chego, ele tem que sair...

domingo, 6 de janeiro de 2008

A grande Porta.

_Ufuuu! Apagou.
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Não precisou tocar a campainha, a porta já estava aberta.Subiu sem muita dificuldade, o pequeno lance de escada, logo depois da grande porta fumê.Continuou em frente, observava o chão, um aspecto emborrachado preto, dos lados grandes compartimentos com ora, portas pequenas e aparentes puxadores ora, portas enormes com somente trincos prateados. Era um grande corredor.Mais um lance de escadas.Em frente, duas grandes portas de madeira. Um quadro, de forma abstrata, cores fortes, laranja, vermelho, azul, cinza; uma tela suja pelo tempo, uma pequena rubrica; chegará mais perto para tentar desvendar o escrito. E viu que era uma assinatura , a qual se lia, simplesmente Liia. Ainda, alguns centímetros à esquerda da grande e suja tela abstrata, mais compartimentos, agora simétricos, aparentavam caixinhas. Mas não dera muita importância.
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Entre as duas grandes portas de madeira, um quase artesanal de tão simples cinzeiro, com uma areia esbranquiçada, mas já meio suja pelas cinzas. Não havia nenhuma bituca.Colocou as mãos nos bolsos. Procurava.Quando de repente abriu-se a grande porta de madeira, do lado esquerdo.Dali, sai uma moça, apressada e jovem. Salta o primeiro lance de escada.Nesse momento ele a vê, uma bela moça, apesar de ter visto-a só pelas costas, admira seu andar apressado porém, charmoso pelo grande corredor. Cabelos escuros, com uma bolsa mais escura ainda na mão direita. Ela já estava quase no segundo lance de escadas, quando percebe e ouve o toc – toc – toc de seus sapatos, que o desconcentra, ou melhor que o atenta, para a grande porta de madeira, que quase se fechando, o faria esperar ali mais alguns minutos.
Impede o fechamento da grande porta. Não vê a bela moça passar pela porta fumê.Entra.Demora um pouco para lembrar onde deveria ir. Sexto? Sem muita certeza é lá que aperta.Sozinho.Sente como estivesse sendo puxado, pela falta de suavidade da incursão. De tão rápido, nada consegue pensar.Parou. Seguido de uns barulhos, que a grande porta emitiu.Salta ali.
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Uma escuridão falsa, por entre duas janelinhas entrava, uma modesta e tímida luz de Sol. Duas Janelinhas fechadas.
Agora são quatro grandes portas, duas à direita, e duas à esquerda. Três fechadas. A grande porta do extremo esquerdo, próximo a escada, entre aberta.Mais um cinzeiro com sua também areinha esbranquiçada. Colocou as mãos nos bolsos. Procurava.As escadas eram brancas, largos degraus. Subindo uma escuridão única, até assustadora, descendo, nem tão escuro, nem assustador. Senta-se ali por um minuto.Três horas e quarenta e sete minutos.Viu em uma das grandes portas, um recado, colado, escrito em um papel branco que o chamou atenção.Levantou.Mas continuou a observar a areinha esbranquiçada. Colocou as mãos nos bolsos.Procurou.Encontrou.Dizia no maço suave, mas isso pouco observou, do bolso também tirou o fogo. –Tziiii!! Pequena chama.Primeiro trago. Sente prazer. Esquecesse o por que levantará do largo degrau branco.Perderá a conta dos tragos, mas o prazer continuava e, fazendo a areinha esbranquiçada, um pouco mais cinza.
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Lembrou! Estava no lugar certo.E começou a olhar aleatoriamente as grandes portas.Apostou na da esquerda, perto da janelinha. A qual havia aberto a pouco, para dissipar o resultado de seus tragos.Mas continuava a observar as grandes portas.Depois de uns minutos, também apostou na da direita, e na do extremo esquerdo , que continuava entre aberta. Mas ainda não via.Passaram vários tragos. E com suas ultimas esperanças e desejos, por fim apostou na da extrema direita. A qual havia lembrado do recado, que o chamara a atenção.Mais alguns tragos.Desiste de apostar de qual grande porta ela sairia.Observara agora o silêncio! (de perceber que foi esquecido).Quase no último trago.Agora já esquecido por ela, aproxima-se da grande porta para ler o recado:Ultimo trago.
- "Passei por aqui, e não te esqueci" assinado Liia!

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Noite...




De sapatos pretos, confortáveis. Vinha ele, numa noite não muito fria, não muito quente, agradável. Seguia sozinho com seu sapato confortável... Seguia sem rumo, sempre a frente, na verdade procurava também aos lados alguém para acompanhá-lo, mas como encontrar alguém numa noite, não muito quente, não muito fria, agradável? Será que encontraria alguma companhia naquela noite? Era só o que pensava, e o que queria!